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concurso de blog

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Apresentação

Queridos leitores,
Criei este Blog com o intuito de levar até
vocês informativos variados sobre
fatos que envolvem a nossa querida cidade de Abaetetuba,
a Amazônia, política, saúde,
educação, curiosidades e muito mais.
Espero com isso, poder contribuir de alguma forma
enriquecendo ainda mais os seus conhecimentos.
Espero que gostem!


Um abraço.

Abaetetuba, município do Pará

portal Amazônia.com


A origem do município de Abaetetuba está relacionada com a história de Abaetetuba e Beja, que, a princípio, constituíam Vilas distintas e, posteriormente, foram incorporadas e passaram a pertencer ao mesmo município.

Os frades capuchos de Santo Antônio, após fundarem o Convento do Una, em Belém, em 1617, passaram a percorrer as terras onde habitavam os índios remanescentes da tribo Mortiguar. Nesse território construíram uma aldeia com caráter de missão religiosa.

O então governador Francisco Xavier de Mendonça Furtado nomeou a nova aldeia de Samaúma. Tempos depois, a aldeia de Samaúma foi instalada como Freguesia, com o nome de São Miguel de Beja.

Os frades capuchos ali permaneceram até 1653, sendo substituídos pelos padres jesuítas, inicialmente através do padre alemão Aluízio Conrado Pfeil, que já catequizava a tribo dos índios abaetés. Com a sua partida, substituiu-lhe o padre Antônio Ekel, que deu início à construção de um templo, concluído somente dois séculos depois, já em 1883, pelo padre Francisco Manoel Pimentel.

Outro jesuíta de renome que por lá andou foi o padre João Felipe Bettendorf, autor da obra intitulada História, que serve de base para o estudo do passado colonial do Estado do Pará.

Política

A partir dos idos de 1804, a Freguesia São Miguel de Beja chegou a ter o seu Senado da Câmara, que era constituído por um juiz ordinário, o senhor Manoel Jorge Soares, e por cinco oficiais do Senado.

Em 1805, quem passou a ocupar o cargo de juiz ordinário foi José Pereira de Lacerda, permanecendo como tal até o ano de 1822, quando, na realidade, foi criado o Corpo de Oficiais do Senado. Em 1824, o Pará já estava integrado ao Império do Brasil, e o juiz constituído era o senhor Hermenegildo Francisco Melo. Em 1828, o Corpo de Oficiais do Senado foi extinto.

Vila de Abaeté

Em 1833, em decorrência da decisão tomada pelo Governo Provincial em dar uma nova organização municipal ao Pará (sessões de 10 a 17de maio daquele ano), extinguiu-se o Senado de Beja.

No dia 30 de setembro de 1839, mediante a determinação do presidente Bernardo de Souza Franco, a Freguesia de São Miguel de Beja perdeu a sua autonomia, tendo sido o seu território anexando ao da vila de Abaeté.

A vila de Abaeté, assim como Beja, fora fundada por religiosos. No local também morava o português Francisco de Azevedo Monteiro, que ganhou do governo uma Sesmaria, a sua escolha, na região do Baixo-Tocantins.

Em 1745, Francisco Monteiro e sua família seguiram numa embarcação à procura de um lugar que lhe agradasse e servisse para o estabelecimento de sua Sesmaria. Antes de chegar a Beja, um temporal irrompeu, desviando-o da rota, conseguindo chegar a uma ponta de terra (jurumá), às margens do rio Maratanira, onde aportou e resolveu se radicar.

Capela

Com a ajuda de seu pessoal e dos nativos, deu início à construção de uma capela de taipa e barro, sob a invocação de Nossa Senhora da Conceição. Com o passar dos anos, não encontrou terras ricas em cravo - uma das 'drogas do sertão' -; desiludido, Monteiro desistiu da Sesmaria e retornou a Belém com sua família.

Em 1773, algumas famílias vindas do Marajó acabaram por se instalar na antiga Sesmaria de Francisco Monteiro, dando início a um povoado. Entre elas, veio junto Mariana Brites, que se juntou a André Soares Muniz, natural de Beja. Dessa união nasceu uma menina, Tereza, que se casou com Manoel da Silva Raposo. Este, estimulado pela sogra, reconstruiu a capela de Nossa Senhora da Conceição.

O trabalho de Manoel Raposo em prol do povoado, fez com que o governo concedesse a ele a posse da Sesmaria. Próximo ao final de sua vida, Raposo acabou por doá-la à Mitra Diocesana.

Elevação

Em 1797, atendendo aos apelos do padre Aluísio Conrado Pfeil junto ao Bispado, o povoado foi elevado à categoria de Freguesia, sob o orago de Nossa Senhora da Conceição de Abaeté, subordinada, porém, ao território eclesiástico de Beja.

Com a Divisão Judiciária estabelecida pelo Governo Provincial, em maio de 1833, a vila de Abaeté foi anexada ao território da Capital do Estado, a cuja jurisdição pertencia originalmente.

Em 1839, o território de Beja também passou a compor a área patrimonial de Abaeté. Em 1844, Abaeté e Beja foram incorporados ao município de Igarapé-Miri, através da Lei nº de 118, de 11 de setembro. Em 1877, através da Lei nº 885, de 16 de abril, voltou a integrar o patrimônio de Belém, até o ano de 1880, na qualidade de Freguesia.

Em 1883, o presidente da Província do Pará, José Araújo Danim, assinou a Lei nº 973, de 23 de março, elevando a freguesia de Abaeté à condição de Vila, criando, assim, o Município de Abaeté, ao qual passaram a pertencer, também, as terras da antiga freguesia de Beja. A instalação da Câmara Municipal ocorreu no dia 7 de janeiro do ano seguinte, em Abaeté, muito embora Beja reivindicasse ser a sede municipal.

República

Com o advento da República, o Governo Provisório dissolveu a Câmara Municipal, através do Decreto nº 36, de 13 de fevereiro de 1890. Porém, na mesma data, o Decreto nº 37, criava o Conselho de Intendência Municipal, sendo presidido por José Honório Roberto Maués. Como o presidente não aceitasse a sua própria nomeação, foi substituído por José Benedito Ruiz, empossado a 17 de abril seguinte.

Em 1891, Ruiz foi obrigado a renunciar, sendo substituído pelo Capitão Manoel João Pinheiro. Indignado com o fato, Ruiz tentou impedir a posse do novo Intendente, todavia, sem êxito. Empossado o Capitão Pinheiro, a sua primeira medida foi pedir às autoridades a punição de Ruiz e de seus seguidores.

Em 1895, o governador Lauro Sodré assinou a Lei nº 334, de 6 de julho, elevando Abaeté à categoria de Cidade, sendo instalada oficialmente no dia 15 de agosto do mesmo ano.

O surgimento de uma grave questão, acerca de que o Município não seria o legítimo proprietário das terras do seu principal distrito - uma vez que a área onde estava erigida a cidade de Abaeté pertencia à Diocese do Pará, doada por Manoel da Silva Raposo -, criava embaraços para as autoridades locais.

Dessa maneira, em 1903, a Intendência de Abaeté abriu uma questão judicial contra a Mitra Diocesana; após os trâmites do processo judicial, os causídicos chegaram a um acordo, referendado pelas duas partes, no seguinte termo: a Diocese seria indenizada em dez contos de réis (moeda da época).

No dia 13 de outubro de 1904, no cartório do tabelião Gama, foi lavrada a nova escritura, confirmando a posse das terras ao município de Abaeté. Em 1930, o Governo Revolucionário, mediante o Decreto nº 6, de 4 de novembro, incorporou o território de Abaeté às terras do município de Igarapé-Miri. No mês seguinte, pelo Decreto Estadual nº 78, de 27 de dezembro do mesmo ano, voltou a ganhar a sua autonomia municipal, sendo desmembrado de Igarapé-Miri.

A toponomia foi alterada em 1943, quando passou a chamar-se de Abaetetuba, devido a Lei Federal que proibia a duplicata de topônimo de cidades e vilas brasileiras. Pelo mesmo decreto, que entrou em vigor a 1º de janeiro de 1944, foi a cidade erigida em comarca, desligando-se juridicamente, da comarca de Igarapé - Miri.

Jornal

O primeiro jornal que surgiu em Abaetetuba foi "O Abaetense", editado por Garibaldi Parente. Tempos depois, o mesmo jornalista, editou "A Folha do Mato" e "O Colibri", que não duraram muito.

Em 1904, apareceu "O Correio de Abaeté", editado por Aristides Reis e Silva, Intendente municipal e deputado estadual. O periódico passou a ser órgão oficial da Intendência, enquanto seu editor mantinha o cargo.

Festas religiosas

A principal manifestação religiosa do município de Abaetetuba é o Círio em homenagem à padroeira da cidade, Nossa Senhora da Conceição. O seu culto constitui uma das mais antigas tradições do Município, com início datado de 1812.

A festa tem início no final de novembro, com novenário e um arraial, que conta com a realização de leilão e a presença de barraquinhas com comidas e bebidas típicas. A procissão com destino à igreja Matriz sai no dia 8 de dezembro de um bairro diferente a cada ano.

Outra festa religiosa importante no Município é a Festa de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, realizada no bairro do Algodoal. Os festejos, com novena e arraial, iniciam-se uma semana antes da procissão, que sai às ruas no dia 27 de julho, seguida de missa e do concurso de "bonecas" (meninas vestidas de bonecas), sendo que os recursos financeiros angariados são destinados às obras sociais da paróquia.

Além dessas importantes comemorações religiosas, cabe destacar, ainda, a festa em homenagem a Nossa Senhora de Nazaré, realizada do dia 1º ao dia 8 de setembro, cujos festejos são acompanhados de procissão, novenas e arraial. No dia do encerramento, são encenadas peças teatrais de caráter religioso.

Cultura

Entre as manifestações culturais locais, destaca-se a Folia dos Reis, hoje bastante modificada, uma vez que "os instrumentos agora utilizados incluem os sopros e, na verdade, os brincantes não se constituem mais em grupos", o que expressa a autenticidade e o tradicionalismo do Município.

Grupos de Bois-Bumbás, Pássaros e Quadrilhas, Carimbó e Pastorinhas, também compõem o universo das manifestações culturais do município de Abaetetuba.

O artesanato local é representado pela fabricação de embarcações, confecção de rendas, bordados, brinquedos (bonecos e bichos), bem como de peças produzidas a partir da utilização de recursos naturais, como raízes, sementes e outros. A pintura e o desenho, além da escultura, completam o mosaico das mais diversas produções artesanais do Município.

A igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição e a igreja de São Miguel de Beja constituem os principais monumentos históricos de Abaetetuba. Os equipamentos culturais, por sua vez, são representados por uma Biblioteca Pública, uma Casa da Cultura e um Cinema.

Aspectos físicos e territoriais

O município de Abaetetuba pertence à Mesorregião do Nordeste Paraense e à Microrregião de Cametá. A sede municipal tem as seguintes coordenadas geográficas: 01º 43' 24" de latitude Sul e 48º 52' 54" de longitude a Oeste de Greenwich.

Limites ao Norte - Rio Pará e município de Barcarena

A Leste - Município de Moju

Ao Sul - Municípios de Iguarapé-Miri e Moju

A Oeste - Municípios de Iguarapé-Miri, Limoeiro do Ajuru e Muaná

Solos

Predominam no município o Latossolo Amarelo distrófico, textura média, associado ao Podzol Hidromórfico e Solos Concrecionários Lateríticos Indiscriminados distróficos, textura indiscriminada, em relevo plano. Nas ilhas, acham-se presentes, em manchas, os solos Gleys eutróficos e distróficos e Aluviais eutróficos e distróficos, textura indiscriminada.

Vegetação

A cobertura vegetal original, representada pela Floresta Hileiana de grande porte (Floresta Densa de Terra Firme), que recobria maior parte do município de Abaetetuba, indistintamente, é praticamente inexistente, dando lugar à Floresta Secundária, intercalada com cultivos agrícolas.

As áreas de várzea apresentam sua vegetação característica, com espécies ombrófilas latifoliadas (de folhas largas), intercaladas com palmeiras, dentre as quais desponta o açai como uma espécie de grande importância para as populações locais.

Patrimônio natural

A alteração da cobertura vegetal, observada em imagens de satélite Landsat-TM, do ano de 1986, somou 88,40%. Os acidentes geográficos mais importantes são os rios Pará, Abaeté (com uma pequena cachoeira com esse nome), Jarumã, Arapiranga de Beja, Arienga, Itanambuca e Itacuruçá.

O município contém cerca de 45 ilhas, com destaque para as ilhas do Capim (com 944,7 ha), Sirituba e Campopema. A praia de Beja é considerada a mais bonita e atrativa do Município.

Topografia

Os acidentes topográficos do Município são inexpressivos, com terrenos localizados na margem direita do trecho baixo do rio Tocantins, com cotas que oscilam entre 5 a 20 metros.

Geologia e relevo

Constituídos por terrenos sedimentares do Terciário (Formação Barreiras) e do Quaternário Antigo e Recente, a estrutura geológica de Abaetetuba reflete, não só em sua porção continental, mas, também, na insular, grande simplicidade nas suas formas de relevo. Apresenta, ora amplos tabuleiros pediplanados, que formam os terrenos mais recentes, inseridos na unidade morfoestrutural do Planalto Rebaixado do Baixo Amazonas.

Hidrografia

O principal rio do município de Abaetetuba é o Pará, que é o limite natural, a noroeste, com os municípios de Muaná e Ponta de Pedras. Nesse rio, se destacam dezenas de ilhas: Urubuéua, Sirituba, Capim, Compopema, entre outras. Importante, também, é o rio Abaeté que banha a sede do Município e deságua na baía do Capim.

Outros rios que deságuam na baía do Capim são: Guajará de Beja, Arapiranga de Beja e o Arienga, este último fazendo limite com Barcarena, a nordeste. Destaca-se, ainda, o rio Itanambuca, que serve de limite natural, a sudoeste, com o município de Iguarapé-Miri.

Clima

O clima no município de Abaetetuba é do tipo Am, segundo a classificação de Köppen, que corresponde à categoria de super úmido. Apresenta altas temperaturas, inexpressiva amplitude térmica, e precipitações ambulantes

(Fonte: SEPOF-PA)
Portal Amazônia-NR

Fotos de Abaetetuba



Rios de Abaetetuba, o portal da cidade, por Bebeto


Olaria do Rio Maracapucu, por Fernando Macedo








Transporte escolar na Vila Quianduba, por Fernando Macedo




Transporte escolar na Vila Quianduba, por Fernando Macedo








Praça da Igreja matriz de Abaetetuba, por Jorge Bodanzky
















Trapiche Municipal e Feira de Abaetetuba, por Jorge Bodanzky

Minha Abaetetuba

A minha Abaetetuba que não é só minha
È de muita gente. Gente decente,
gente bonita, gente carente,
gente potente, gente inteligente,
gente poeta, gente que canta e encanta,
gente que ama, gente que sonha...
Já foi Abaeté que em Tupi Guraní é:
Terra de Homens fortes e ilustres.
Depois ganhou o sufixo TUBA e somou abundância.

Abaetetuba: Terra abundante de Homens fortes e valentes.
Descoberta por Francisco Monteiro, português e grande navegador
que fugindo de uma tempestade pediu proteção à virgem da Conceição
prometendo em gratidão uma bela construção
Francisco se salvou e sua promessa pagou
construiu uma catedral em homenagem a virgem da Conceição
Hoje ela é a Santa de nossa devoção.
Apelidada de Peróla do Tocantins
Abaeté vive entre muitas ilhas, furos e igarapés,
também há magia, folclore e poesia

Mulhers bonitas, formosas, cheirosas e gostosas
passeiam expondo seus quadris largos e belas coxas grossas
Cidade das bicicletas surpreende os turistas o trabalho dos taxiciclistas
Debruçada sobre o rio Maratauíra foi versada por Rui Barata e cantada pela Fafá.
" Rio abaixo, rio acima minha sina cana é só de pensar na mardita me alembrei de Abaeté."
Garotos morenos, suados com cheiro de rio encantam a nossa vista.
De clima quente e super ùmido está sempre convidando a um banho de igarapé.
Tem como tradição grandes festas de São João. E na quadra junina?
Tem concurso de quadrilha e muito namoro com as meninas.
Em Fevereiro tem um grande carnaval com magia e muita fantasia.
Em Julho é o mês do verão. Na praia de Beja tem o gostoso camarão...
Banho de água docê, passeio na praça, contemplar a lua no cais...
Tem também o açaí e os belos brinquedos de mirití.
Isso tudo explica Abaetetuba porque eu sou apaixonada por ti.
(Francineti Carvalho)

Brinquedos de miriti de Abaetetuba

www.globoamazônia.com/

meadmiremiriti.musicblog.com.br

Ágeis mãos cortam, lixam, montam e pintam o miriti. As oficinas dos artesãos de Abaetetuba estão a pleno vapor. Até o final deste mês, têm que entregar uma encomenda de cerca de mil peças para a escola de samba carioca Unidos da Viradouro, cujo tema é o Círio de Nazaré.

Girândolas, barcos e casas feitos de miriti farão parte da fantasia dos passistas. Os organizadores da escola entraram em contato com o vice-presidente da Associação dos Artesãos de Brinquedos e Artesanatos de Miriti de Abaetetuba (Asamab), Amadeu Sarjes, durante o Círio de 2003. "Eles perceberam que o nosso artesanato é um dos principais símbolos da festa de Nossa Senhora de Nazaré", contou orgulhoso. Para abrir o desfile da escola, a comissão de frente preparou uma coreografia representando os "girandeiros" - homens que carregam uma espécie de cruz, também feita de miriti, na qual penduram cerca de 40 brinquedos e andam pelas ruas de Belém vendendo o artesanato durante o Círio.

Serão vinte homens carregando suas girândolas. Outra ala será composta pelos promesseiros. Os passistas carregarão 50 casas e 50 barcos de miriti para representar as pessoas que pagam suas promessas pelas graças alcançadas. O trabalho foi dividido entre os membros da Asamab, que só têm o que comemorar. Além do pagamento pelo trabalho, R$ 10 mil, o artesanato de Abaetetuba ganhará grande visibilidade e provavelmente o número de encomendas irá crescer.

"Pediu para Pará, parou! Com a Viradouro eu vou pro Círio de Nazaré", dos compositores Dário Marciano, Aderbal Moreira e Nilo Mendes, é o samba-enredo 2004 da escola, que irá reviver na avenida o samba "Festa do Círio de Nazaré", de 1975, da Unidos de São Carlos, hoje Estácio de Sá.

A idéia surgiu quando a Liga Independente das Escolas de Samba, para comemorar 20 anos de sua criação, sugeriu que suas filiadas desfilassem cantando sambas do carnaval carioca anteriores à sua criação, em 1984. Como a Viradouro só passou a desfilar no grupo especial em 1991, o presidente José Carlos Bessil escolheu um samba de outra agremiação e resolveu homenagear uma das maiores procissões religiosas do Brasil.

Tradição é passada de pai para filho

Ninguém sabe ao certo a origem do brinquedo de miriti. Os artesãos mais antigos contam que os índios foram os primeiros a produzir os brinquedos. A técnica foi ensinada aos ribeirinhos e chegou até hoje porque é passada de pai para filho. As crianças faziam seus próprios brinquedos, geralmente barquinhos, para brincar nos igarapés.

"Até hoje, de todos os brinquedos que faço, prefiro os barcos. Quando eu era pequeno, fazia barquinhos, amarrava numa canoa e via o barco correndo", lembra o artesão Célio Ferreira, mais conhecido como Segica.

Cada artesão cria seus próprios brinquedos. Além dos tradicionais barco, cobra, canoa, serrador, pila-pila, come-come, são feitas árvores de natal, móbiles, dançarinos e patos na cesta. Estes dois últimos são especialidades de Nina Abreu.

Mais conhecida como a rainha do folclore, dona Nina faz artesanato desde os 12 anos. Hoje, com 68, fala animada sobre suas novas criações. "Ano passado, eu fiz uma procissão do Círio", mostra o brinquedo e pergunta: "Olha só, não ficou bonito?".

Aposentada como vendedora de mingau, atualmente dona Nina se dedica totalmente ao artesanato e ensina sua arte para crianças da cidade. Criou um centro cultural e ensina a fazer, além de brinquedos de miriti, crochê, pintura e outros tipos de artesanato.

Anda-se por alguns quarteirões e chega-se à oficina de Amadeu Sarjes, onde cerca de 12 homens trabalham na produção de barcos para o desfile. Amadeu atribui o dom do artesanato a Nossa Senhora. Há 23 anos fez um pedido à santa para aprender a trabalhar com miriti. Comprou alguns brinquedos e passou a montá-los e desmontá-los. No ano seguinte, era mais um dos artesãos que levavam seu material para vender durante o círio.

Hoje em dia, Amadeu vende cerca de 2.500 brinquedos durante as festividades de Nazaré e mantém uma imagem da santa em seu ateliê. Ele fez o contato com a escola de samba e está muito contente com essa oportunidade. "É um grande prazer ver nossa arte de Abaetetuba no carnaval. Todo mundo do Brasil e também do exterior vai poder ver o que fazemos", comemora.

"Sempre gostei de trabalhar com artesanato. Não pega sol, nem chuva, não faz força. É uma terapia. Tu te divertes trabalhando", é assim que Josias Silva, o Pirias, define o prazer do seu ofício.

Especialista em móbiles, Pirias produziu para a Natura, em 2003, uma árvore de natal em miriti. A empresa de cosméticos utilizou seu artesanato como elemento principal na propaganda natalina do ano passado.
Na oficina de Pirias trabalham quatro de seus irmãos. Rita de Cássia, de 9 anos, ajuda o irmão lixando os pedaços de madeira. "É legal ficar aqui, mas quando a aula começar só vou poder ficar de tarde", lamenta a pequena aprendiz.

Passando por ripas de madeira e um tapete de caroços de açaí, que servem como aterro, chega-se à oficina de Raimundo Peixoto, o Diabinho - uma palafita construída sobre o alagado, por causa do igarapé que corta o terreno de sua casa. É lá que cerca de 10 membros da família de Diabinho trabalham sobre seu comando. Ele aprendeu o artesanato com os parentes da esposa, hoje preside a Asamab. "Desde que a gente criou a associação e ganhou o apoio do Sebrae, conseguimos muito mais encomendas", contou Diabinho.

Sebrae estimula primor pela qualidade

Desde o primeiro Círio, em 1793, os brinquedos de miriti fazem parte da celebração. Durante a primeira festividade de Nazaré, aconteceu a Feira de Produtos Regionais da Lavoura e da Indústria. Para esta feira, cada vila ou cidade do interior enviou produtos como cacau, pirarucu salgado, mandioca, guaraná, cerâmica e redes de pesca. Os moradores de Abaetetuba levaram seus brinquedos de miriti.

A cada ano, os brinquedos se tornavam mais conhecidos e mais artesãos vinham para Belém vender seus produtos. No último círio, cerca de mil peças foram vendidas na Praça da Sé, na tenda do Carmo e pelos vendedores ambulantes com suas girândolas. Todo ano, a prefeitura cede um kit com tintas e pincéis para os artesãos e disponibiliza um ônibus para transportar as famílias para Belém durante as festividades.

Mas a produção de miriti não se restringe ao período do círio. Desde a formação da Asamab, que conta 54 membros, os artesãos participam de feiras em outros estados e fazem parcerias. Um grande parceiro é o Sebrae de Abaetetuba. Além de contribuir para o aperfeiçoamento dos artesãos, faz um trabalho de conscientização ecológica, para que as árvores de miriti não sejam devastadas.

A parceria que começou em 2000 já deu bons resultados. Cerca de cem artesãos já participaram dos cursos de capacitação, promovidos pelo Sebrae. Segundo a responsável pelo Centro de Resultado de Artesanato de Abaetetuba, Elisa Ikeda, a mudança no trabalho dos artesãos depois do curso de design é notável. "De dois anos para cá as peças têm tido um acabamento melhor, as cores usadas são mais harmônicas", conta Elisa.

Através de um acordo com a Funarte, durante o governo do presidente Fernando Henrique Cardoso, os artesãos de Abaetetuba participam do Projeto Artesanato Solidário. O programa atua em 57 localidades do Norte, Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste. Os brinquedos de miriti e as cuias de Santarém representam o Pará. O Programa organizou, em junho de 2002, a exposição "Brinquedos que vêm do Norte", no Rio de Janeiro. Em dois dias de exposição, 11 artesãos venderam 8 mil peças.

Os artesãos já levaram a arte de Abaetetuba para feiras em vários lugares do Brasil: Paraíba, Minas Gerais, São Paulo, além de possuírem uma exposição permanente no Museu Emílio Goeldi. "É muito bom ver este resultado. Estamos levando para fora a realidade da comunidade de Abaetetuba, representada no artesanato", comemora a funcionária do Sebrae.

Elisa Ikeda está, com a Asamab, negociando um contrato com um grupo de italianos. Representantes do Comércio Justo estão com um catálogo dos brinquedos produzidos em Abaetetuba e, se fechado o acordo, revenderão o artesanato em países da Europa. Elisa está confiante. "Eles gostaram dos nossos brinquedos porque prezam por artesanatos ecologicamente corretos", conta.

"Abençoada árvore do miriti"

Achual, aguaje, buriti, palmeira-do-brejo, palmeira-buriti, pibâche são nomes populares da planta Mauritia flexuosa L., a palmeira de miriti utilizada no artesanato de Abaetetuba. Mas a planta, chamada pelos moradores da cidade de "abençoada árvore de miriti", tem várias outras utilidades.

A folha pode ser usada na produção de redes. "Eles tiram o grelo da folha, aquela folha que vem nascendo. Deixam secar e fazem envira. Essa envira tece as cordas para a rede", conta a artesã Nina Abreu. Da fruta, faz-se doce e mingau, base da alimentação dos ribeirinhos da região. Com a tala, espécie de casco do tronco, fazem-se paneiros e cestos. Os talos, braços da folha verde, são o material utilizado pelos artesãos para fazer os brinquedos.

Após o tratamento dos talos, com cerca de três metros de comprimento cada, os artesãos compram feixes com cem unidades por 10 reais. A partir deste momento, é a criatividade de cada um que vai transformar estes pedaços de madeira em coloridos barcos, cobras, girandeiros, móbiles e pássaros.

(Cláudia Macedo - Fonte Diário do Pará)

Amazônia, uma floresta em extinção

viladoconde.blogs.sapo.pt/arquivo/casa


A maior floresta tropical do planeta está ameaçada de extinção. O índice de desmatamento na Amazônia atingiu 26.130 km2 entre 2003 e 2004, a segunda maior taxa desde 1995, quando foi registrado o triste recorde de 29.059 km2 desmatados. Os dados foram divulgados pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) no final de maio, e foram obtidos a partir de análises feitas pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais.

Para se ter uma idéia da gravidade do assunto, basta fazer simples comparações: o número equivale a mais de 8,6 mil campos de futebol desmatados em um único dia – uma área um pouco menor que a do Estado de Alagoas. Levantamentos mostram que existem cerca de 2,5 mil espécies de árvores, e dentre estas, mais de 500 mil são derrubadas por ano, principalmente as madeiras nobres, como o mogno e o pau-brasil. Com isso, 17,3% da cobertura florestal da Amazônia brasileira já foi destruída.

Esse problema não preocupa só o Brasil, mas todo o planeta. A Amazônia é uma das regiões mais biodiversas do planeta, com uma quantidade impressionante de espécies animais e vegetais, e sua devastação traz conseqüências graves para todo o mundo. A destruição de florestas tem impacto direto sobre pesquisas genéticas e medicinais (muitas plantas que possuem elementos terapêuticos estão na floresta Amazônica, sendo que um grande número ainda não é sequer conhecido), sobre a emissão de gás carbônico (o Brasil é responsável por 2,51% das emissões de gás carbônico, sem incluir o percentual de queimadas – só as queimadas geram 370 milhões de toneladas de carbono a cada ano) e sobre as mudanças climáticas.

Se o ritmo atual de desmatamento for mantido, parte do potencial florestal brasileiro corre o risco de desaparecer antes mesmo de se tornar conhecido, e o Brasil pode nunca se beneficiar do potencial da Amazônia – que está desaparecendo num ritmo contínuo e acelerado. O risco de extinção é claro e pode comprometer o desenvolvimento científico e a saúde de todo o planeta.

Tentando preservar
O Governo Brasileiro vêm tomando uma série de ações para tentar preservar a Amazônia desde 2003, visando direcionar o desenvolvimento da região para um modelo mais sustentável e menos agressivo. Apesar dos esforços, o governo não tem conseguido conter o desmatamento na região.

Para tentar barrar a devastação da Amazônia, o Ministério do Meio Ambiente (MMA) aumentou em 68% as grandes operações de fiscalização e em 54% o total de infrações cadastradas pelo Ibama em 2003. Em 2004, começaram as operações integradas entre Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Ministério do Trabalho e Exército. Hoje a floresta conta também com o programa de vigilância Deter, que utiliza imagens do satélite Modis para fazer varreduras mais freqüentes na Amazônia, permitindo que a fiscalização e o combate ao desflorestamento aconteçam antes que grandes áreas de floresta sejam derrubadas.

Outra ação do governo foi criar no começo deste ano um mosaico de áreas de proteção ambiental na região amazônica. Com isso, a Amazônia ganhará cinco novas unidades de conservação, somando mais de cinco milhões de hectares, área semelhante a do Estado do Rio Grande do Norte. Com decretos da Presidência da República, foram criadas a Estação Ecológica da Terra do Meio, com 3.373.111 hectares, e o Parque Nacional da Serra do Pardo, no Pará, com 445.392 hectares, a Reserva Extrativista do Riozinho da Liberdade, no Acre e no Amazonas, com 325.602 hectares, e as florestas nacionais de Balata-Tufari, no Amazonas, com 802.023 hectares, e de Anauá, em Roraima, com 259.550 hectares.

(Chris Bueno)

Animais e plantas em extinção



pt.wikipedia.org/wiki/tucano do bico amarelo


pt.wikipedia.org/wiki/Urso-polar


http://www.profissionalizando.org/

Confira a lista de alguns animais ameaçados de extinção no Brasil e no mundo
No final da página veja o link para as fotos

Mamíferos ameaçados .
Antílope-tibetano (Pantholops hodgsonii)
Elefante-indiano (Elephas maximus)
Elefante-da-floresta (Loxodonta cyclotis)
Elefante-da-savana (Loxodonta africana)
Baleia-azul (Balaenoptera musculus )
Chimpanzé (Pan troglodytes)
Gorila-do-ocidente (Gorilla gorilla)
Gorila-do-oriente (Gorilla beringei)
Leopardo (Panthera pardus)
Lobo-vermelho (Canis rufus)
Morcego-cinza (Myotis grisescens)
Muriqui (Brachyteles arachnoides)
Orangotango (Pongo pygmaeus e Pongo abelii)
Panda-gigante (Ailuropoda melanoleuca)
Peixe-boi (Trichechus manatus)
Rinoceronte-de-sumatra (Dicerorhinus sumatrensis)
Tigre (Panthera tigris)
Onça-Pintada
Urso-polar (Ursus maritimus)
Veado (Elaphurus davidianus)

Aves ameaçadas
Arara-azul-de-lear
Arara-azul-grande
Arara-azul-pequena
Ararinha-azul
Araracanga ou Arara-piranga
Arara-de-barriga-amarela
Arara-vermelha
Bacurau-de-rabo-branco
Bicudo-verdadeiro
Cardeal-da-amazônia
Maracanã
Papagaio
Rolinha
Tucano-de-bico-preto

Répteis ameaçados
Tartaruga-marinha
Tartaruga-de-couro
Dragão-de-komodo
Jacaré-de-papo-amarelo

Anfíbios ameaçados

Peixes ameaçados
Tubarão-baleia (Rhincodon typus)

Crustáceos ameaçados
Caranguejo-amarelo (Gecarcinus lagostoma)

Artrópodes ameaçados
Borboleta-da-restinga (Parides ascanius)

Plantas ameaçadas
Pau-brasil
Pau-de-cabinda
Jacarandá
Andiroba
Cedro
Mógno
Pau-Rosa


Mamíferos Aves Répteis Plantas
Antílope-tibetano
Cachorro-vinagre
Cervo-do-pantanal
Elefante-indiano
Elefante-da-floresta
Elefante-da-savana
Baleia-azul
Chimpanzé
Gato do mato
Gato palheiro
Gorila-do-ocidente
Gorila-do-oriente
Jaguatirica
Leopardo
Lobo-vermelho
Morcego-cinza
Onça-parda
Onça-pintada
Orangotango
Panda-gigante
Peixe-boi
Tigre
Urso-polar
Veado Abutre das montanhas
Arara-azul-de-lear
Arara-azul-grande
Arara-azul-pequena
Ararinha-azul
Araracanga ou Arara-piranga
Arara-de-barriga-amarela
Arara-vermelha
Bacurau-de-rabo-branco
Bicudo-verdadeiro
Cardeal-da-amazônia
Cegonha preta
Galo da serra
Gaivota de rabo preto
Gavião real
Grifo
Maracanã
Pato mergulhão
Papagaio Pica-pau de coleira
Pintor Verdadeiro
Rolinha
Tucano-de-bico-preto Cágado de Hoge
Camaleãozinho
Cobra lisa européia
Cobra de vidro
Tartaruga de couro
Tartaruga-marinha
Tartaruga meio-pente
Tartaruga oliva
Tartaruga-de-couro
Dragão-de-komodo
Jararaca de alcatrazes
Jacaré-de-papo-amarelo
Lagartixa da areia
Lagartixa da montanha
Víbora cornuda Andiroba
Cedro
Jacarandá
Mógno
Pau-brasil
Pau-de-cabinda
Pau-Rosa


(Fonte: www.todabiologia.com/ecologia/extinção)
Jorge Roriz